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Rita Rosado dos Santos
Escrito por:

Rita Rosado dos Santos Interna de Formação Específica de Ginecologia e Obstetrícia, CHULN - Hospital Santa Maria; Colaboradora do Banco do Bebé

Conhece os dois tipos de parto

O momento do parto pode ser simultaneamente a altura mais desejada, mas também a mais temida da gravidez. Para contrariar, ou pelo menos, reduzir esse medo há que, em primeiro lugar, conhecer quais os tipos de parto possíveis.

Existem duas vias possíveis: um parto vaginal ou um parto por cesariana, havendo depois algumas variantes possíveis dentro dos partos por via vaginal.

O parto eutócico é aquele que comumente designamos de “parto normal”. Refere-se ao nascimento de um bebé que se encontra em posição cefálica (de cabeça para baixo) por via vaginal. Representa a forma mais fisiológica de nascer, tanto para o bebé como para a mãe e por isso é, à escala mundial, o tipo de parto mais frequente. Em 2017, 48% dos partos ocorridos em Portugal foram partos eutócicos (“normais”).

Os partos com o auxílio de ventosa ou fórceps (conhecidos por “ferros”) são também dois tipos de parto por via vaginal. O parto em si ocorre de forma muito semelhante à do parto eutócico, porém a dada altura a descida do bebé ao longo do canal de parto é ajudada com o recurso a um (ou aos dois) dos instrumentos. Quando a cabeça do bebé se exterioriza, o médico remove o instrumento e o resto do nascimento ocorre de forma idêntica à que ocorre num parto normal.

As ventosas mais utilizadas hoje em dia são de plástico e aderem à parte óssea da cabeça do bebé, através da criação de vácuo, o que permite ao médico ajudar a mãe a fazer progredir o bebé através do canal de parto. Para que a ventosa seja realmente eficaz as contrações uterinas, os esforços da mãe e a tração exercida pelo médico devem estar coordenados. Após o nascimento é muitas vezes visível na cabeça do bebé o local onde a ventosa foi aplicada, mas esta marca não causa dor ao bebé e desaparece habitualmente nas 24-48 horas que se seguem ao nascimento.

Os fórceps são constituídas por dois ramos, cada um com um cabo (onde o médico agarra) e uma porção designada por colher, que se adapta simultaneamente à cabeça do bebé (na sua parte interior/côncava) e ao canal de parto materno (na sua parte externa/convexa). As colheres são aplicadas entre a cabeça do bebé e o canal de parto, unindo-se uma à outra e permitindo que o médico, em  conjunto com os esforços maternos, ajude  o bebé a progredir ao longo do canal. Após a saída da cabeça, as colheres do fórceps são removidas e o resto do parto ocorre como no parto normal. Tal como acontece com a ventosa, o local onde as colheres do fórceps foram aplicadas pode ficar marcado na face ou na cabeça do recém nascido, mas também estas marcas desaparecem completamente nos primeiros dias de vida.

Existe um outro instrumento semelhante ao fórceps, designado por espátulas, que funciona de forma muito parecida, mas que é substancialmente menos utilizado.

As ventosas e os fórceps são utilizados quando já se atingiu a dilatação completa  mas a progressão do bebé ao longo do canal de parto parou ou está a fazer-se de forma mais lenta  (devido à posição do próprio bebé, por exaustão da mãe…) ou quando existe necessidade de que o parto ocorra rapidamente (se houver sinais de que a mãe ou o bebé não estão bem).

Os partos pélvicos vaginais são outro tipo de parto vaginal e referem-se ao nascimento de um bebé que se encontra em posição pélvica (“sentado”) por via vaginal. Nestes partos primeiro exterioriza-se a bacia do bebé, depois os membros inferiores e superiores e no fim a cabeça.

Os partos por cesariana são realizados quando o parto por via vaginal não é possível ou está contraindicado. Os motivos para que se realize uma cesariana podem existir desde o inicio da gravidez, surgir ao longo da gestação ou mesmo só no momento em que a mulher entra em trabalho de parto. A cesariana é uma cirurgia abdominal durante a qual se abrem as várias camadas da parede abdominal até se atingir o útero, onde é feita uma abertura que permita extrair o bebé.

A via e o tipo de parto são habitualmente decididos com base na evolução da gravidez e do trabalho de parto, mas podem variar em função de características da mãe (doenças, cirurgias anteriores, entre outras) ou do bebé.

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