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Carlos Daniel Santos
Escrito por:

Carlos Daniel Santos Mestre em Medicina, Licenciado em Saúde Ambiental e em Radiologia e investigador na área de Saúde da Mulher

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6 Mitos sobre a vacinação

Descobre os equívocos informativos que mais, comummente, estão relacionados com a imunização das crianças, através do Programa Nacional de Vacinação.

O Plano Nacional de Vacinação foi criado em 1965 e, desde então, tem vindo a estabelecer o propósito de administrar as vacinas mais adequadas, ao máximo de pessoas possível. A vacinação pretende promover a proteção individual de cada cidadão e garantir a estabilidade da Saúde Pública de um país.

Contudo, quando o propósito é a proteção das crianças, numa faixa etária precoce, existem muitas dúvidas e medos por parte dos pais. Desde efeitos secundários, até ao risco associado a doenças crónicas, muitos são os mitos que se lê e que, muitas vezes, não são verdade.

Descobre os principais mitos, associados à vacinação infantil, que devem ser desmitificados:

1. Vacinação pode causar autismo.

Errado. Em 1998 um estudo, em Inglaterra, levantou receios contra a vacina VASPR (anti-sarampo, anti-parotidite e anti-rubéola) ao afirmar que a administração desta vacina fabricada, a partir de estirpes virais vivas atenuadas, provocaria autismo.

Tal investigação foi, mais tarde, negada sendo seriamente desacreditada. O estudo revelou ter deficiências graves na metodologia e conflitos de interesse provados juridicamente.

A vacina VASPR, cuja 1ª dose é administrada aos 12 meses de idade e a 2ª dose aos 5 anos idade, não tem qualquer relação com o autismo. Uma doença que apenas coincide o seu diagnóstico com a idade em que são administradas estas vacinas.

Um estudo, publicado em 2013 na National Library of Medicine, veio ajudar a desmistificar esta errada informação.

A investigação concentrou-se no número de antígenos administrados, durante os primeiros dois anos de vida. Os antígenos são substâncias presentes nas vacinas que fazem com que o sistema imunológico do corpo produza anticorpos que combatem doenças.

Os resultados mostraram que a quantidade total de antígeno das vacinas recebidas foi a mesma entre as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e aquelas que não tinham TEA.

2. Receber mais do que uma vacina, de cada vez, pode aumentar o risco de efeitos secundários e sobrecarregar o sistema imunitária das crianças.

Não. À luz da ciência não existe nenhuma evidência que o sistema imunitário de um bebé ou criança sofre alguma sobrecarga por receber mais do que uma vacina ao mesmo tempo.

Através do ato de respirar, comer ou beber o bebé ou criança está, diariamente, exposto a centenas de germes e substâncias estranhas ao organismo que ajudam a desencadear respostas imunológicas contra vírus e bactérias. Assim, múltiplas vacinações não representam riscos associados à saúde infantil.

Existem vantagens e benefícios associados à administração de mais de uma vacina de cada vez, tais como:

  • Reduz o desconforto da criança, ao ir menos vezes realizar a toma de vacinas;
  • Aumenta a probabilidade de a criança receber o conjunto de vacinas indicadas pelo Plano Nacional de Vacinação, de acordo com o programa previsto pela DGS.

Um estudo recente, publicado na National Library of Medicine em 2018, veio atribuir ainda mais evidência sobre este facto. Os investigadores compararam dois grupos de crianças: o grupo 1, que foi hospitalizado com infeções que não podem ser curadas através de vacinação (e.g. infeções peitorais e dores de estômago), e o grupo 2 em que nenhuma das crianças fora hospitalizada devido a estas infeções.

De acordo com uma comparação do número das vacinas que tinham sido administradas a estes dois grupos não foi encontrada nenhuma evidência de que as crianças, com mais vacinas, tinham o sistema imunológico mais enfraquecido.

3. As vacinas são perigosas, porque contém mercúrio.

Falso. O tiomersal é um composto orgânico que é adicionado a algumas vacinas como conservante. Existem dois tipos de mercúrio que o ser humano pode vir a ser exposto: metilmercúrio e etilmercúrio.

A substânica tiomersal ajuda a prevenir o crescimento de germes, como bactérias e fungos, situação que tem potencial de acontecer quando a agulha da seringa entra no frasco da vacina, aquando da administração da vacina.

Tal composto organo-mercurial, antimicrobiano, com propriedades antissépticas e antifúngicas, contém etilmercúrio (EtHg) de níveis que não são prejudiciais para a saúde humana e, para além disso, é rapidamente eliminado pelo corpo humano, não provocando acumulação da substância no organismo.

Importante referir que muito pouca vacina contém tiomersal.

4. As doenças não se propagam, se se garantir uma higiene diária adequada.

Errado. A eficaz higienização diária não garante que as infeções não se propagem ou retornem. Doenças como a poliomielite e o sarampo são casos disso, sendo a vacinação a única solução viável para permitir a total proteção da criança.

5. Crianças vacinadas sofrem de mais doenças autoimunes, alérgicas e respiratórias.

Falso. As vacinas administradas, através do Plano Nacional de Vacinação, “ensinam” o organismo da criança a reagir contra determinados antígenos, isto é, qualquer substância que o sistema imunológico consiga reconhecer e assim estimular uma resposta imunológica.

Uma resposta imunológica normal, devido à proteção associada à vacinação vai:

  • Identificar o antígeno estranho, que pode ser nocivo à saúde da criança;
  • Ativar um sistema de proteção contra o antígeno;
  • Atacar o antígeno.

A vacinação não é responsável pela modificação da maneira como o sistema imunológico da criança funciona. Assim, não existem evidências científicas que provem alguma relação entre as vacinas administradas à criança e o desenvolvimento de complicações ao nível alérgico, autoimune ou doenças respiratórias em fases posteriores da vida da mesma.

6. As vacinas são responsáveis pelo Síndrome da Morte Infantil Repentina (SIDS).

Falso. Apesar das crianças receberem múltiplas vacinas entre os 2 e os 4 meses de idade, uma faixa etária que coincide com o surgimento do Síndrome da Morte Infantil Repentina (SIDS) em bebés, vários estudos já comprovaram que a vacinação em nada está relacionada com este problema.

SIDS corresponde à morte subida e inesperada de um bebé, com menos de 1 ano de idade. Estas mortes, geralmente, ocorrem durante o sono do bebé. Em 1992, foi lançada uma campanha intitulada “Back-to-Sleep” em que encorajava os pais e cuidadores a colocar os bebés de costas durante o sono.

Após a comunicação e difusão desta campanha observou-se uma redução dramática de casos de SIDS, tendo estabilizado na década de 2000, altura em que o número de vacinas infantis aumentou em países como os Estados Unidos da América.

O Programa Nacional de Vacinação é universal, gratuito e acessível a todos os cidadãos localizados em território português. As vacinas administradas têm como objetivo promover uma vida mais longa e com maior qualidade da criança, através da imunização de várias doenças altamente prejudiciais ao seu organismo.

Em caso de dúvida, entra em contacto com o teu médico.

O conteúdo aqui apresentado é da exclusiva autoria e responsabilidade do seu autor, não tendo a MSD qualquer controlo sobre o mesmo.

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